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26 de julho de 2011

O jogo da vida


A vida é mesmo uma eterna busca pela aceitação, desde o momento em que nascemos até o momento em que morremos.
Quando nasce a ovelhinha de cor diferente, ela torce para que a mãe não a rejeite.
Quando crianças, queremos ser o amigo mais legal para que os coleguinhas nos queiram por perto.
Na adolescência, queremos participar de um determinado grupo, onde seremos aceitos e inseridos em suas atividades, para nos sentirmos parte de algo.
Logo, nos apaixonamos e desejamos ardentemente sermos correspondidos naquele amor avassalador e urgente.
Quando adultos, precisamos ser aceitos a cada passo que damos: nos estudos, no trabalho, nas amizades, nos amores, na família.
Uma simples plantinha que teima em nascer num árido terreno, precisa ser aceita pela terra para que ela o alimente e o faça crescer.
Até pra morrer e ir para o Céu precisamos passar por provações que irão nos avaliar e decidir se merecemos ou não.
Como se para cada novo passo dado em nossas vidas, precisássemos parar e esperar a grande resposta a nossos ansceios: sim, você passou no teste, avance uma casa. Ou então espere a próxima rodada, avance 5 casas, retorne 3,... tal e qual os jogos da infância.
Parece injusto pensar que para evoluir e alcançar nossos objetivos de vida, tenhamos sempre que estar reféns da vontade alheia, precisamos sempre esperar que outras pessoas nos digam se somos bons o suficiente. Mas é real.
Devemos ter em mente desde muito cedo que nossas escolhas irão nos guiar, mas são os outros que irão decidir se podemos ou não possuir aquilo que desejamos. Seremos sempre avaliados, testados, investigados, e só então rejeitados ou aceitos naquilo que almejamos.
Bom seria se nada disso fosse necessário, mas a realidade é simples. Você deve agir, esperar a resposta, e ir em frente. Ou então recuar, mudar o caminho, ou simplesmente parar por um tempo, para ter a chance de analisar com mais exatidão qual será a melhor jogada, a melhor forma de ultrapassar o obstáculo.
Estudar as possibilidades, arquitetar um plano, bolar uma estratégia. E quando menos se espera, lá vamos nós para a próxima fase.
Quem disse que seria fácil. Viver é dar a cara a tapa, é receber sins e nãos, é ser rejeitado e acolhido, é ganhar e perder. É estarmos preparados para encarar tudo isto de cabeça erguida, nos guiando através de nossos princípios, de nossa vivência e de acordo com nossos valores e convicções.
E se lá na frente olharmos pra trás e percebermos que nossas escolhas foram mais aceitas do que recusadas, então poderemos pensar que o caminho que escolhemos seguir era realmente aquele que nos estava destinado, de alguma forma, em algum lugar, e por algum motivo... Talvez.
(Danimfuga)

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