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24 de abril de 2010

"Pergunto-te onde se acha a minha vida.
Em que dia fui eu.
Que hora existiu formada de uma verdade minha bem possuída
Vão-se as minhas perguntas aos depósitos do nada.
E a quem é que pergunto?
Em quem penso, iludida por esperanças hereditárias?
E de cada pergunta minha vai nascendo a sombra imensa
que envolve a posição dos olhos de quem pensa.
Já não sei mais a diferença de ti, de mim, da coisa perguntada,
do silêncio da coisa irrespondida."

"Renasce em ti mesmo.
Multiplica os teus olhos, para verem mais.
Multiplica-se os teus braços para semeares tudo.
Destrói os olhos que tiverem visto.
Cria outros, para as visões novas.
Destrói os braços que tiverem semeado,
Para se esquecerem de colher.
Sê sempre o mesmo.
Sempre outro.
Mas sempre alto.
Sempre longe.
E dentro de tudo."

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