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14 de maio de 2011


''Não sei exatamente em que momento comecei a despertar.
Só sei que comecei a compreender o respeito e a reverência que a experiência humana merece.
A me dar conta de delícias que passaram despercebidas durante um sono inteiro.
E a lembrar do que estou fazendo aqui. Ainda que eu não faça.
Ainda que os vícios que o sono deixou costumem me atrapalhar.
Ainda que, de vez em quando, finja continuar dormindo.
Mas não tenho mais tanta pressa. Comecei a aprender a ser mais gentil com o meu passo.
Afinal, não há lugar algum para chegar além de mim.
Eu sou a viajante e a viagem.''

Ana Jiácomo

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