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28 de agosto de 2011


"Se é o que queres ouvir, lá vai: sim, me reconheço indigesta.
Sou. As vezes sou intragável.
Digo a verdade que fica entalada na garganta alheia, mas funciona como anti ácido para o meu estômago,
enfezado e retorcido com sinceridades borbulhantes.
Ora, que a verdade seja dita!
Escutar é opcional, gostar igualmente. Falo se tiver permissão, não cuspo desaforo.
Sei que uma mentira desce mais suave.
Paciência, o que não mata fortalece e melhora a digestão.
Sei também que a verdade me deixa nua, transparente, mas me veste muito bem.
Há quem diga que fico nas mãos dos outros quando sou sincera.
Eu digo que a verdade não me deixa presa em mim."
(Paulinha Leite)

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