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8 de agosto de 2011


"Caio, meu amigo

Preciso te falar de tanta coisa que acontece aqui na Terra por sua culpa... Primeiro do seu sucesso como escritor. Benzadeus, como te admiram aqui! Quero falar também da sua companhia na minha vida. Durmo - com Deus me deito, com Deus me levanto – e acordo com você – Que seja doce – já virou mania aqui. E no meio do dia, ainda consigo citar alguma frase ou pensamento seu pra algum ouvinte alheio e assustado. Nem preciso falar das pessoas que se reúnem por causa das suas obras. Daí de cima você deve ver. Aliás, como está por ai? Sabe que, tenho dúvidas desse lugar, não sei se o céu combina muito com você... E Cazuza, ta bem? Os vejo sempre numa nuvenzinha sentados, bebendo e fumando, falando da gente aqui em baixo! Só não brigue com São Pedro, é ele quem tem as chaves do inferno, vai que te manda pra lá... Lá tem fogo meu caro e não quero te ver arder, nem pensar! Mantenho um girassol, que tem seu nome, o bandido é bonito demais, e como todo bom Girassol, se arreganha em dias claros como hoje. Ah, como você é vivo ainda por aqui. Mas a gente tem tanta saudade... Falo a gente, porque somos muitos, né só eu que sou apaixonada por você, não. Você deixou textos e contos cheios de sinceridade, amor e coragem. Me fala, tem coisa mais bonita que isso? Amanhã vou passar por você e Cazuza e mandar um beijo, retribua, por favor, será um sinal de que a carta já chegou por ai. Vou me despedir agora, e espero nos encontrarmos um dia, prometo fazer silêncio e só espero uma risada linda e forte, assim como você. Pra terminar, repito o que Lya escreveu numa carta:‘Mas está comigo, como outros seres amados que se foram sem realmente partir.’
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Guardo seu sorriso."

(Vanessa Leonardi)

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